POSTS DA 2ª ETAPA:
Eu vou arranhar a cara do Batman. Bom dia.

Trompe-l’oeil: a arte da ilusão de óptica

Para além da pintura, os efeitos de ilusão baseados nos mecanismos da visão sempre foram usados por artistas, arquitetos ou artesãos talentosos para perturbar a captação da realidade. Na arquitetura, por exemplo, quadratura é o nome do tratamento dado a forros e paredes com o sentido de alterar visualmente as dimensões do espaço, um efeito trompe-l’oeil típico do período barroco.
Nos grandes museus, como a National Gallery de Londres, os quadros que mais atraem o público são aqueles que nos intrigam com detalhes que perturbam o olhar e nos fazem ir de um canto a outro, tentando buscar explicação para algum enigma. Não sem razão, portanto, uma das obras mais visitadas desse museu é o The Ambassadors, de Hans Holbein, de 1533, que retrata os jovens Jean de Dutenville, 29 anos, embaixador da França na Inglaterra, e Georges le Seve, 25, bispo de Lavaur. Ao fundo, simbolizando a mortalidade, há uma imagem distorcida de uma caveira que só poderemos descobrir se nos colocarmos em um determinado ponto à direita do quadro.
Mesmo que com diferentes suportes ou propostas, seja na arquitetura, na moda, nas artes decorativas ou na publicidade, os criadores nunca abandonaram o gosto de brincar com o falso e a ilusão, tanto que o trompe-l’oeil moderno é hoje, como se pode ver em muitas cidades europeias, um certeiro atrativo turístico.
No mundo do décor, essa enganação pode surgir sob a forma de pastiche ou ilusão de óptica. Um papel de parede pode imitar azulejos persas ou portugueses, fingir ser madeira, simular tijolos, mármore, palha, capitonê ou o que a imaginação desejar. Já belas pinturas murais podem nos mostrar paisagens através de falsas janelas ou fazer esbarrar numa porta que não conseguiremos cruzar.

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