Quanto mais velhos, maior a presença das crianças e adolescentes nessas redes. O porcentual de usuários com perfil próprio passa de 42% (9 a 10 anos) para 83% na faixa etária de 15 a 16 anos. O que a maioria argumenta é que as redes são um ponto de encontro entre os amigos. “Cada rede social é usada para uma coisa. Hoje eu uso Facebook mais para falar com a família e pessoas que estão longe. O Instagram é para ver as fotos dos meus amigos, o WhatsApp para mensagens rápidas e o Twitter, para contar o que estou fazendo agora”, afirma a estudante Aline Balhes, 14 anos.
A migração entre as redes também é visível. Os jovens vão onde estão os amigos. O que pode significar, em médio prazo, a extinção do Facebook, como aconteceu com o Orkut. Pesquisa recente, realizada pelo banco de investimentos Piper Jaffray, mostra redução de 10% na presença dos adolescentes no Facebook na comparação dos números de março deste ano com o mesmo mês de 2012.
Entre as principais reclamações dos adolescentes que estão abandonando o perfil do Facebook estão a presença dos pais e familiares na mesma rede, o tédio, a quantidade de propagandas, o excesso de mensagens de amigos e o spam de jogos. “Já ouvi colegas reclamarem que agora os tios estão entrando muito no face e toda foto que a gente posta eles comentam”, explica Isabella Carrilho, 14 anos.
A mesma pesquisa mostra que o número de mães com perfil no Facebook aumentou 22% entre 2010 e 2012. Metade dos pais assume que entra no Facebook para “cuidar dos filhos”, 74% costumam conferir a timeline dos jovens. O destino preferido dos adolescentes que estão migrando do Facebook é o Tumblr. Hoje, 61% deles afirmam ser essa a sua rede social principal. Também foram citados como preferidos o Instagram e o Twitter. “Tem muito daquela rede social estar na moda, mas a gente gosta mesmo é de novidade, estamos sempre esperando coisas novas”, conta a estudante Maria Luiza Mundim, 15 anos.
0 comentários:
Postar um comentário