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Eu vou arranhar a cara do Batman. Bom dia.

Suicide Squad tem grade chances de ser a decepção do ano!



A ideia parecia irresistível: se todo mundo no fundo adora os vilões, por quê não juntá-los em um filme e ver o circo pegar fogo? Vieram os trailers com trilhas sonoras caprichadas, a campanha de marketing pesado e muita gente chegou a pensar que finalmente a DC conseguiria superar a Marvel.
Infelizmente, não é o caso. Como filme, ’Esquadrão Suicida’ se resume a reunir seu time de vilões e não dar a eles muito o que fazer.
O roteiro, escrito às pressas pelo diretor David Ayer já que a data de estreia estava definida bem antes de qualquer linha de trama ser colocada no papel, é frouxo e desinteressante.
Alguns dos personagens não tem função nenhuma em cena. Katana, Bumerangue e Crocodilo são exemplos de figuras meramente decorativas, presentes apenas para fazer número. A Magia (Cara Delevigne) vira um arremedo de antagonista, com o objetivo de destruir o mundo sem muita explicação. Mais ou menos como o Apocalipse do último ‘X-Men’.
Problema ainda maior é o fato de todos estarem para lá de comportados. O Pistoleiro (Will Smith), alçado à posição de líder da turma, é apenas um pai preocupado com o futuro da filha, e fica duro acreditar que ele seja de fato um vilão, mesmo quando ele repete isto em falas insistentes na linha “nós somos os malvados, acreditem!”. Para um filme que prometia trazer “os piores dos piores”, é muito pouco.
E a Arlequina (Margot Robbie)? É fato que a personagem é fruto de uma relação abusiva com o Coringa (Jared Leto), mas é difícil saber quem a explora mais: o palhaço de Gotham ou o próprio filme, já que Ayer não perde uma chance de transformar Arlequina num fetiche sexual para o mundo. Missão cumprida, mas discutível. É uma apelação maior do que o uso de clássicos do rock na trilha sonora, para gerar empatia imediata com o público e uma cara pop.
Quem for ao cinema esperando ver a performance de Leto como o Coringa pode se decepcionar com o tempo reduzido que o ator tem em cena. Mal dá para compará-lo com Heath Ledger ou Jack Nicholson, de tão pouco que aparece.
No que poderia ser a grande sacada de 'Esquadrão Suicida’, a linha tênue que separa as atitudes de mocinhos e vilões, está Amanda Waller, a personagem de Viola Davis. Movida por seus próprios interesses, ela é a grande manipuladora da situação, e muitas vezes tem atitudes mais desprezíveis do que os malvados que contrata.
Viola quase salva o filme, mas o morno confronto final dos protagonistas contra Magia, completamente esquecível minutos depois da projeção, assim como todas as suas cenas de ação, é a pá de cal no filme que entra para a história como a grande decepção de 2016.

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