Imigrações de crianças
Crianças
pequenas e adolescentes estão entre milhares de imigrantes que
desembarcaram sozinhos, criando o terror de que uma geração de
jovens sem pais fique extremamente vulneráveis e expostas a
explorações. São cerca
de 7 mil estrangeiros menores de idade desacompanhados .
Há
crianças provenientes do Afeganistão e da Turquia, que passam pela
Grécia até ingressarem pelos portos de Veneza ou de Ancona,
escondidas em caminhões.
Também
chegam
pela
ilha de Lampedusa, na Sicília, em embarcações improvisadas, depois
de terem caminhado a pé durante meses e atravessado o deserto
subsaariano vindos de Eritreia, Egito, Mali e Costa do Marfim, entre
outros países africanos. Segundo a BBC
Brasil, a responsável pela Proteção de Menores da organização
Save the Children no país, Carlotta Bellini: "Não há um plano
nacional de acolhimento e proteção para os menores estrangeiros
desacompanhados."
Neste
ano, o número de jovens imigrantes aumentou 800% em relação ao
período de 2013. Segundo a Save the Children, foram 5,6 mil, dos
quais 3,8 mil desacompanhados.
"A
maioria dos que chegam ao país sem um familiar ou responsável são
meninos com idade entre 14 e 17 anos, mas encontram diariamente
crianças de oito, nove anos de idade que viajam sozinhas",
conta Bellini. O fato é que, antes de serem vítimas do deslocamento
forçado ou do tráfico de seres humanos, essas crianças são
vítimas de violência em seus mais hediondos espectros . Órfãs,
sós e feridas, põem a caminho. E deixam para trás, ainda, a
infância e a adolescência, queimando implacavelmente tais etapas da
vida. Desde cedo se encontram na obrigação de abandonar a escola
para proverem a si mesmas e, as vezes, a própria família .
Assim,
a saída dessas crianças e adolescentes de seus países em razão
principalmente de guerras e pobreza tem acarretado a perda de uma
importante etapa em suas vidas, tendo que assumir responsabilidades e
a coragem dos adultos para sobreviver, sem o amparo e o cuidado que
mereciam.
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